Sob intervenção de Sindicato, usina aceita cumprir obrigações com trabalhadores


Presidente Prudente, SP – Cerca de trezentos e cinqüenta cortadores de cana da usina Alvorada do Oeste, sediada no Km 22 da rodovia SPV 29, em Santo Anastácio, região do Pontal do Paranapanema, estiveram mobilizados nesta segunda-feira devido descumprimentos trabalhistas por parte da indústria sucro-alcooleira.

Os cortadores reivindicavam o benefício da cesta básica, que ora se encontra em atraso de dois meses; a divulgação diária do preço da tonelada da cana cortada e o adiantamento de salário, também conhecido por “vale”, que tinha previsão para ser liberado na última sexta-feira, 20.

Inconformados com a falta de posicionamento da empresa em relação aos assuntos, os trabalhadores rurais cruzaram os braços e solicitaram a presença de membro da Federação dos Empregados Rurais do Estado de São Paulo (Feraesp/CUT) e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Presidente Venceslau para intermediar as negociações. Com a chegada do sindicalista Rubens Germano, os trabalhadores se reuniram em meio ao canavial e esclareceram sobre as pendências observadas.

Apenas no final da tarde, a usina enviou representes para negociar com os trabalhadores rurais. Ficou acertado o pagamento do adiantamento salarial - que foi feito na hora -, liberação das cestas básicas, sendo uma na quarta-feira, 25, e outra, no início da próxima semana. Quanto à informação do valor da tonelada da cana, esta ficou de ser providenciada sem data definida.

Mesmo com as promessas da indústria, os trabalhadores continuarão em estado de atenção e o retorno da paralisação nas atividades não está descartado.

De acordo com Germano, a usina Alvorada vem apresentando vários problemas no cumprimento das obrigações trabalhistas nos últimos meses. “Além das reclamações que recebemos, na semana passada, por exemplo, uma força-tarefa do Ministério do Trabalho esteve no local fiscalizando e autuando a empresa”.Germano lembra ainda que o movimento registrado nesta segunda-feira é o quinto desta natureza apenas em 2007. “Os trabalhadores estão de parabéns por saberem se organizar e reivindicar por seus direitos. Toda paralisação terá o nosso apoio para que as conquistas obtidas com muita luta no decorrer de décadas não sejam vilipendiadas”.

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