Presidente Prudente, SP – A falta de compromisso da usina Alvorada do Oeste, de Santo Anastácio, para com os cortadores de cana parece não ter fim. Por mais um dia os trabalhadores rurais encontram-se mobilizados nos canaviais esperando que a usina cumpra com suas obrigações trabalhistas.
Desde segunda-feira o clima está tenso entre a indústria sucro-alcooleira e seus empregados. Na pauta de reivindicação, consta o benefício da cesta básica (em atraso de dois meses); a divulgação diária do preço da tonelada da cana cortada; adaptação do tamanho do compasso para medição da cana; e o adiantamento de salário. Dos itens, apenas o último foi cumprido, ainda assim, depois dos trabalhadores promoverem manifesto na sede do escritório da empresa, na zona urbana da cidade, durante todo o dia de ontem.
Neste momento os cortadores de cana encontram-se em manifesto na Rodovia SP-272, na altura do trevo de acesso ao distrito de Costa Machado. Os manifestantes não pretendem encerrar o movimento até que seus direitos estejam assegurados.
De acordo com o sindicalista Rubens Germano, diretor da Federação dos Empregados Rurais do Estado de São Paulo (Feraesp/CUT), que está no local acompanhando os trabalhadores, a estimativa é de que o movimento não encerre até que as reivindicações sejam cumpridas.
“Não é de hoje que a indústria deixa de cumprir com suas obrigações junto aos trabalhadores. O nível de descrédito entre os companheiros e a usina chegou ao limite e promessas não serão mais aceitas. Esse movimento só terá fim com as cestas básicas em mãos e com o preço da tonelada de cana cortada sendo divulgado diariamente”, comenta Germano.
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