CUT e MST organizam “Grito dos Excluídos” no Pontal


Presidente Venceslau, SP – Movimentos sindicais e sociais do oeste paulista ultimam os preparativos para o evento “Grito dos Excluídos” desse ano. Reunião ocorrida no sábado passado definiu data, local e logística para deslocamento do público.

O Grito será realizado no assentamento Che Guevara, em Mirante do Paranapanema, no primeiro dia do mês de setembro. O local não foi escolhido por acaso. O município é um dos berços da luta por reforma agrária no Estado de São Paulo e no país.

Segundo os organizadores, o evento desse ano terá foco nos três principais problemas sócio-econômicos que afligem a população do Pontal, os quais estão explícitos no lema escolhido, sendo ele: “Terra para os Acampados, Biodiesel para os Assentados e Dignidade aos Assalariados”.

Além de assentados e integrantes de movimentos sociais, os organizadores ainda prevêem a participação no evento de autoridades civis, políticas e governamentais, entre eles, os Ministros do Trabalho e do Desenvolvimento Agrário, Carlos Lupi e Guilherme Cassel, respectivamente.

Participam da organização do Grito dos Excluídos no Pontal a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Sem Terra (MST), Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (SINTRAF), Movimento dos Agricultores Sem Terra (MAST), UniTerra, Movimento Terra Brasil e Federação das Associações dos Assentados e Agricultores Familiares do Oeste Paulista (FAAAFOP).

O Grito - A proposta surgiu no Brasil no ano de 1994 e o 1º Grito dos Excluídos foi realizado em setembro de 1995 com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade da Igreja Católica do mesmo ano. Quatro anos depois, o Grito deixou de ser uma manifestação unicamente brasileira e estendeu-se para mais de 23 países da América, com o nome de Grito dos Excluídos Continental.
A expectativa para esse ano é que haja participações nos atos em mais de mil cidades de todo o país, principalmente nas capitais São Paulo, Brasília e Porto Alegre. O Grito acontece todos os anos como forma de chamar atenção para os problemas do país.

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